quarta-feira, 29 de abril de 2009

“continuo a dizer que se não fosse mentiroso não era presidente da Câmara”

Fernando Costa em 2005. Uma ironia, supostamente, que convém não esquecer.
Somos nós os enganados. Há 25 anos. 

O marialvismo falocentrado da Confraria do Príapo

Lendo o texto integral do lançamento da Confraria do Príapo é caso para dizer:

"ÉS MULHER?

ESTÁS NAS CALDAS?

AGUENTA-TE"

terça-feira, 28 de abril de 2009

“A Câmara das Caldas da Rainha está adormecida”

Desabafo de um leitor, Richard Potter, no Correio dos Leitores da Gazeta das Caldas a 8 de Setembro de 2006.

Acerca de um Museu do Erotismo

Convido os caldenses a fazerem uma visita virtual ao Museu do Erotismo no Pigalle em Paris. É muito ténue a linha que separa a pornografia da arte erótica. Discussão, essa, que já nada tem a ver com a loiça das Caldas e a sua divulgação. Por isso é com muita preocupação que leio estas declarações:
"A confraria é já olhada por Hugo Oliveira como "um parceiro da autarquia" que e está a desenvolver negociações para instalar na cidade um Museu do Erotismo."

(Agência Lusa, 2009-04-27, 13h10)

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Homenagem contemporânea ao Deus Príapo

Admitamos que a loiça das Caldas é erótica, coisa que para muitos não é. Se é loiça e, portanto, cerâmica, pertencerá ao Museu da Cerâmica, que lhe dará o enquadramento e a dignidade que esta tradição poderá merecer.
Não pertencerá, por isso, a qualquer outro museu de sucesso duvidoso, cópia brejeira de um Museu em Paris, que um jornalista caldense, por sinal falocentrado, por acaso visitou.  Se é de cerâmica que falamos, então, não falamos de "falo parades", uma parada de pilinhas pela cidade, emblema de uma cultura marialva, responsável por anos de opressão e violências simbólicas várias sobre as mulheres. 
Por isso, se é também de confrarias, que falamos, o que traduzindo significa, reunião de frades, falamos de homens reunidos em torno de um Deus do Falo. Uma confraria de homens e para homens centrados não no seu umbigo, mas na sua pilinha.  Como se designarão os membros femininos desta  confraria?

Constrangedor...

Não pelo baile, não pela festa em Cabreiros, claro! Constrangedor, apenas, para uma cidade com um curso de DESIGN GRÁFICO E MULTIMÉDIA e uma escola superior destas áreas. A cidade devia ser, ou querer ser, a montra do trabalho ali realizado. 

domingo, 26 de abril de 2009

Ballard, arranha-céus e desenvolvimento

Há um romance "menor" de Ballard que gostaria de recordar hoje. Chama-se "High-Rise", traduzido seria, provavelmente, "Arranha-Céus", escrito em 1975. O título não esconde o tema central de uma história, desenrolada na sua totalidade num edifício de 40 andares. Simplificando, é uma visão negra e distópica, ao mesmo tempo que arguta e visionária, das cidades, das rotinas e da(s) vida(s) que se desenvolvem dentro destes edifícios, artefactos máximos da capacidade tecnológica humana, mas que ditam um quotidiano, de tal forma impessoal e artificial, que a organização social regride ao seu início tribal e violento. Deixo uma passagem, entre o real e a ficção:

"A primeira parte do programa examinaria a vida no arranha-céus a partir dos seus erros de design e irritações menores, enquanto a última parte, observaria a psicologia da vida de uma comunidade de duas mil pessoas encaixotadas no céu - tudo desde a incidência do crime, do divórcio, dos desvios sexuais, da modificação dos residentes, a sua saúde, a frequência das insónias e outras desordens psicossomáticas. Todas as provas acumuladas durante várias décadas a lançarem uma luz crítica ao arranha-céus enquanto estrutura social viável, mas a eficência do custo na área da habitação social e os grandes lucros do sector privado pressionaram para que estas cidades verticais continuassem a ser construídas para o céu contra a necessidade real dos seus ocupantes" (p. 52).

Recordei esta passagem durante a polémica acerca da demolição das torres do Bairro do Aleixo no Porto. Recordo esta passagem sempre que me falam dos arranha-céus como sinónimos de desenvolvimento.

Recordo esta passagem hoje ao descobrir que J. G. Ballard morreu no passado dia 18 de Abril.

sábado, 25 de abril de 2009

Às mulheres que também fizeram Abril

Podem não ter feito discursos inflamados no MFA ou durante o PREC, podem não ter tido voz nos partidos que então íam para a rua, podem ter ficado, apenas, em casa, a cuidar dos filhos de Abril, mas as suas canções de embalar foram as mais fortes palavras que até hoje ouvi de amor à liberdade.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

“Assim, a JSD considera o Dr. Fernando Costa um Presidente de Câmara rigoroso que tem sabido cuidar dos jovens caldenses"



"A Câmara Municipal tem tomado medidas de forma a revitalizar o comércio tradicional" (JSD, dixit)



O papel da arte segundo João Fiadeiro

" (...) as dinâmicas que promovo e o debate que provoco com a minha arte, só podem existir se for apoiado pelo Estado. E não é porque procure a marginalidade (estou sempre disponível para um contacto directo com o espectador e desenvolvo com frequência iniciativas paralelas para contextualizar e enquadrar o que faço), antes porque um gesto contemporâneo, por definição, questiona o adquirido e coloca-se por isso e por princípio em causa. Ou seja, faz exactamente o contrário de um gesto convencional, convergente ou consensual: não entretêm. E devo dizer que nada tenho contra o entretenimento." 
João Fiadeiro, aqui.

Afinal, o que é "PROGRAMAR" um centro cultural?

"Da mesma maneira como não concebo a criação artística sem ter em igual conta a investigação e a formação artística. E por isso, “programar” para mim significa desenhar, imaginar e construir um enquadramento para que diferentes dimensões do fazer e do fruir artísticos se cruzem". 
João Fiadeiro, aqui.

Tony Carreira e Confraria do Príapo são mais importantes do que o salutar confronto eleitoral.

Numa semana em que o PS lançou a candidatura às eleições autárquicas 2009, as notícias tontas da capa da Gazeta das Caldas, dizem muito sobre a sua linha editorial. 

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Mas nós, preferimos, MESMO, o HOSPITAL TERMAL, que a Rainha nos deixou.

"O Museu da Água pretende ser um presente à Rainha D. Leonor e aos caldenses” propõe o Caldas Welcome.

(Gazeta das Caldas, 17 de Abril de 2009)

 

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Já alguém reparou que enfiaram o CCC na Rua da Betesga?



E que para além disso, é APENAS um clube Jazz?

MAS ALGUÉM AINDA TINHA DÚVIDAS?


“Analisado o espaço, os quatro jovens arquitectos constataram que o principal problema deste centro histórico da cidade não é a posição da estátua da Rainha, defronte da entrada principal do Parque D. Carlos I, mas o estado de ruína dos espaços que se encontram atrás dela.

(GAZETA DAS CALDAS,  17 DE ABRIL DE 2009)


Paciência, Maria, paciência!