"A primeira parte do programa examinaria a vida no arranha-céus a partir dos seus erros de design e irritações menores, enquanto a última parte, observaria a psicologia da vida de uma comunidade de duas mil pessoas encaixotadas no céu - tudo desde a incidência do crime, do divórcio, dos desvios sexuais, da modificação dos residentes, a sua saúde, a frequência das insónias e outras desordens psicossomáticas. Todas as provas acumuladas durante várias décadas a lançarem uma luz crítica ao arranha-céus enquanto estrutura social viável, mas a eficência do custo na área da habitação social e os grandes lucros do sector privado pressionaram para que estas cidades verticais continuassem a ser construídas para o céu contra a necessidade real dos seus ocupantes" (p. 52).
Recordei esta passagem durante a polémica acerca da demolição das torres do Bairro do Aleixo no Porto. Recordo esta passagem sempre que me falam dos arranha-céus como sinónimos de desenvolvimento.
Recordo esta passagem hoje ao descobrir que J. G. Ballard morreu no passado dia 18 de Abril.
3 comentários:
O comentário acima refere-se obviamente a outro post,não este!Quim Caldas
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