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sábado, 9 de maio de 2009

Ai destino, ai triste destino desta cidade

Tony Carreira vem às Caldas da Rainha no dia 15 de Maio. O problema, claro está, não é o Tony Carreira nem os seus sonhos de menino. O problema é que  a CMCR vai dispender só para o pagamento do artista 45 000 euros do erário público. Se pensarmos que ainda gasta mais um tanto no foguetório, na montagem do palco, e sabe-se lá em que mais, o dia da cidade em ano eleitoral sai-nos muito caro. Estimo que a conta suba para além dos 100 mil euros (20 mil contos, caro leitor). Em ano de crise esta despesa da CMCR chega mesmo a ser obscena. Esta iniciativa, por muitos bons momentos que possa proporcionar aos Caldenses não constrói nada. Nem um emprego, nem uma empresa. Nem um projecto de futuro para a cidade. Absolutamente nada.  Mas o que a torna verdadeiramente obscena é que o artista em causa enche o pavilhão Atlântico dando lucros às empresas privadas que gravitam em torno destes mega-concertos. Tony Carreira não precisa dos dinheiros públicos para existir, para dar um concerto. Ao substituir-se aos promotores privados, a CMCR interfere também na afirmação destas empresas culturais. Dinheiros esses que fazem falta noutras matérias, como por exemplo: para o CCC, para o material escolar dos diversos agrupamentos de escolas da CMCR, para o segundo TOMA (ecológico, de preferência), para o arquivo municipal, para incentivos à localização de empresas, para o desenvolvimento do pólo tecnológico... E a lista de investimentos prioritários para a cidade é infindável.
Mas na altura de fazer as contas, Fernando Costa e este executivo do PSD, não pensaram em mais nada, senão nesta equação:  Tony Carreira = 100 mil euros = muitos mil votos. O resto não interessa nada. 

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Acredita mesmo no Guiness como uma boa estratégia de marketing?


Em 2005, a CMCR gastou uma pequena fortuna numa iniciativa que rondou os 32 ooo euros (perto de 7 mil contos, caro leitor) nesta pequena brincadeira: "Para a concepção das cavacas serão usados 33.600 ovos, 1.800 Kg de farinha de trigo, 700 Kg de farinha de milho, 2.800 Kg de açúcar, 65 Kg de margarina e 34 Kg de fermento" (aqui).
Um fracasso que saiu caro aos cofres públicos. 

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Discursos intemporais

Citei no post anterior um discurso que ouvi algures sobre as Caldas. Cito, hoje, outro, resgatado no pó da história, de 3 de Julho de 1989:
"Primeiro que tudo é necessário planear a cidade de forma realista mas ambiciosa. É urgente, inadiável que assentemos numa estratégia de desenvolvimento que torne, dentro de quatro anos, Caldas da Rainha a capital da Cerâmica Utilitária e Artística, a capital da Arte e do Design Industrial, a capital do Termalismo; a Região por excelência da fruta e dos produtos hortícolas com qualidade certificada, da gastronomia do Oeste, a cidade modelo do Urbanismo, da aliança entre a tradição e a modernidade, da diversão e da cultura".
20 anos depois, Fernando Costa e o executivo camarário que preside, não deram um único passo nesta direcção, mas deram muitos na direcção errada: já não faz sentido sermos a capital da cerâmica utilitária, já não podemos ser a cidade modelo do urbanismo, não souberam, mas acima de tudo, não quiseram, aliar tradição e modernidade. 
Só mais um excerto de há vinte anos atrás:
" Perguntar-me-ão, talvez, que tem a Câmara a ver com estas coisas. Penso que muito ou tudo. A câmara é o orgão gestor da nossa comunidade de Caldas da Rainha e deve apoiar, estimular e dinamizar todas as iniciativas que tenham como finalidade melhorar a vida das pessoas que aí vivem. Mas mais do que isso, ela deve ter ideias formadas sobre o futuro da cidade e da Região de Caldas da Rainha e a obrigação de envolver, interessar e galvanizar todos os munícipes na concretização dessas ideias".
Há discursos que se tornam intemporais e gravitam à nossa volta à espera de serem ditos e reptidos até serem ouvidos. Independemente dos seus autores.

terça-feira, 28 de abril de 2009

“A Câmara das Caldas da Rainha está adormecida”

Desabafo de um leitor, Richard Potter, no Correio dos Leitores da Gazeta das Caldas a 8 de Setembro de 2006.