segunda-feira, 4 de maio de 2009

Discursos intemporais

Citei no post anterior um discurso que ouvi algures sobre as Caldas. Cito, hoje, outro, resgatado no pó da história, de 3 de Julho de 1989:
"Primeiro que tudo é necessário planear a cidade de forma realista mas ambiciosa. É urgente, inadiável que assentemos numa estratégia de desenvolvimento que torne, dentro de quatro anos, Caldas da Rainha a capital da Cerâmica Utilitária e Artística, a capital da Arte e do Design Industrial, a capital do Termalismo; a Região por excelência da fruta e dos produtos hortícolas com qualidade certificada, da gastronomia do Oeste, a cidade modelo do Urbanismo, da aliança entre a tradição e a modernidade, da diversão e da cultura".
20 anos depois, Fernando Costa e o executivo camarário que preside, não deram um único passo nesta direcção, mas deram muitos na direcção errada: já não faz sentido sermos a capital da cerâmica utilitária, já não podemos ser a cidade modelo do urbanismo, não souberam, mas acima de tudo, não quiseram, aliar tradição e modernidade. 
Só mais um excerto de há vinte anos atrás:
" Perguntar-me-ão, talvez, que tem a Câmara a ver com estas coisas. Penso que muito ou tudo. A câmara é o orgão gestor da nossa comunidade de Caldas da Rainha e deve apoiar, estimular e dinamizar todas as iniciativas que tenham como finalidade melhorar a vida das pessoas que aí vivem. Mas mais do que isso, ela deve ter ideias formadas sobre o futuro da cidade e da Região de Caldas da Rainha e a obrigação de envolver, interessar e galvanizar todos os munícipes na concretização dessas ideias".
Há discursos que se tornam intemporais e gravitam à nossa volta à espera de serem ditos e reptidos até serem ouvidos. Independemente dos seus autores.

1 comentário:

Maria Paciência disse...

A pedido de vários leitores, aqui vão os autores dos discursos: o do post anterior é da Dra. Luísa Arroz lido a 18 de Abril de 2009 e o segundo, do post actual, é do Dr. Vicente do Carmo, lido a 3 de Julho de 1989.